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18 junho 2012

Fenerbahçe com Paula e Mari e o Brasil no Grand Prix

Por Thiago Leme
Coluna do Vôlei

Fenerbahçe:


Paula Pequeno confirmou a notícia dada pela imprensa turca em relação ao acerto dela e de Mari com o Fenerbahçe, que disputa o Mundial de Clubes em outubro. O clube também oficializou a informação em seu   site. As brasileiras se apresentam após os jogos olímpicos e se juntam as levantadoras Elif Agca e Nilay Ozdemir, as centrais Berenika Okuniewska (polonesa), Gökcen Denkel e Eda Erdem, as ponteiras Meryem Boz e Elif Onur, as líberos Nihan Yeldan e Merve Dalbeler, que também joga de ponteira, e a oposta Seda Tokatlioglu. No campeonato turco, apenas três estrangeiras podem ser relacionadas para cada partida e as brasileiras devem ser aproveitadas, devido a provável saída de algumas jogadoras.


Embora ainda indefinido, Kim (Coréia) e Sokolova (Rússia) não devem continuar na equipe, Fabiana se transferiu para o Campinas, Logan Tom (EUA) provavelmente irá jogar no Unilever / Rio de Janeiro e Zé Roberto irá dirigir o Campinas. Sobraram apenas três estrangeiras, as recém contratadas brasileiras e a central polonesa. Com isso, o time segue se reforçando e tenta montar um bom time para o Mundial de Clubes, que conta com algumas atletas da seleção turca. Porém, Rabita Baku e Osasco, caso confirme a vaga, ainda seguem como os favoritos ao título mundial.




Seleção brasileira: 


Duas vitórias e uma derrota na etapa brasileira do Grand Prix. No primeiro jogo contra a Alemanha, o Brasil conquistou seus primeiros três pontos ao vencer de 3 a 1. No dia seguinte, a seleção sofreu para bater a Itália no tie-break por 3 a 2. E na última partida contra os Estados Unidos, derrota por 3 a 1 e fim da invencibilidade. Se classificam os cinco primeiros mais a China e o Brasil ocupa a sexta posição na classificação. Por enquanto, está indo para a fase final, já que a China está entre os cinco primeiros e tem vaga garantida por ser sede da etapa decisiva.


Quanto ao time brasileiro: 


Fabíola foi muito instável, alternando altos e baixos em todas as partidas. Fernandinha voltou a entrar bem, mas um pouco lenta para chegar nas bolas. Porém, se justiça for feita, devem ser as levantadoras em Londres, já que estão em melhor fase que Dani Lins.


Fabiana está sentindo a falta de ritmo. No Campeonato turco há uma limitação para escalação de três estrangeiras e a central brasileira ficou fora de algumas partidas. Independente disso, Adenízia está jogando melhor que a capitã brasileira e merece a vaga de titular. Porém, Zé Roberto está apostando nas mais experientes para o time principal.


Camila Brait também está melhor que Fabi, pois defende muito bem e tem um passe sensacional, vantagem em relação à titular. Contra os EUA, as duas revezaram na equipe e Camila foi melhor. deve perde r a vaga pelo mesmo motivo que Adenízia. E pior, nem deve ir à Londres, já que o treinador deve contar com apenas uma líbero entre as 12 convocadas para os Jogos Olímpicos. Como o técnico brasileiro chegou a ser campeão utilizando duas líberos no Fenerbahçe, Brait pode ter uma pequena chance, pois Zé anunciou que vai continuar o revezamento entre elas.


Mari voltou a fazer pontos atacando com eficiência, mas ainda alterna altos e baixos. Zé Roberto utilizou a jogadora de ponteira e oposta durante os jogos. Quando jogou de ponteira, apenas duas jogadoras ficaram na recepção, Fabi e Jaqueline, e o treinador 'escondeu' a jogadora. Na maioria das vezes utilizou a atleta como oposta no lugar de Sheilla, posição que o treinador brasileiro prefere que Mari atue devido a sua deficiência na recepção. Com isso, Tandara deve perder a vaga olímpica, mesmo sendo uma das maiores atacantes brasileira da atualidade. Critério: experiência novamente.


Sheilla não foi bem contra os Estados Unidos, mas foi a maior pontuadora brasileira contra a Alemanha e contra a Itália, com 20 e 19 pontos respectivamente. É titular absoluta, sabe virar as bolas e deve adquirir ritmo necessário até as Olimpíadas. 


Thaísa vem fazendo boas partidas e foi a melhor jogadora na média na etapa de São Bernardo. Fabíola aciona muito a central, que tem correspondido. Sofre com alguns bloqueios no decorrer das partidas devido à insistência da levantadora, já que os adversários passam a marcar mais o meio de rede do Brasil. Solução: variação e jogadas com as pontas.


As ponteiras Jaqueline e Paula Pequeno vem sofrendo muito no ataque e tiveram dificuldade também na recepção, principalmente contra os Estados Unidos. A verdade é que Fernanda Garay, com dores no braço, fez falta a seleção. Jaqueline é especialista em recepção, mas não é de hoje que sofre com constante falta de concentração quando o jogo está ruim e quando erra seus ataques. Paula, por sua vez, tem uma deficiência histórica grave em sua carreira: o saque. A ponteira erra muito no fundamento e quando acerta, facilita a vida das adversárias com bolas fáceis. As duas estarão em Londres e precisam trabalhar suas deficiências, pois são excelentes jogadoras e podem fazer a diferença na briga pelo bi olímpico. Só para lembrar, Paula foi considerada a melhor jogadora dos jogos de Pequim e Jaqueline, titular absoluta, geralmente lidera as estatísticas de recepção e defesa. 


Zé Roberto reclamou muito do excesso de erros do Brasil e disse que se não melhorarmos, não temos chances contra os Estados Unidos. O treinador aguarda a recuperação de Natália para as Olimpíadas, mas é uma incógnita, já que a atleta não atua há oito meses. Fernanda Garay deve retornar na etapa da China e merece ser titular ao lado de Jaqueline.


Coluna do Vôlei

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